Não tinha muito conhecimento sobre esse país, até Angelina Jolie adotar um filho cambojano. Mas a decisão de conhecer o Camboja surgiu depois de uma conversa com meu amigo Hermes. Ele tinha ido com Joélcio, outro amigo nosso, há poucos meses e falava super bem daquele país, mais precisamente sobre a cidade perdida de ANKOR.
Tinha decidido passar 30 dias na Austrália pra estudar inglês, com duas amigas, e de lá seguiríamos pra Ásia por mais 15 dias.
Após os 30 dias, fomos para Tailândia (onde passamos 8 dias) e de lá pegamos o vôo de Bangkok para Phnom Penh.
Chegando ao aeroporto de Phnom Penh, descobrimos que deveríamos pagar um valor de U$25 e preencher muitos formulários (na verdade, paga-se pra entrar no país e também pra sair).
Ao sair do aeroporto, sacamos os dólares nas próprias máquinas da ATM (engraçado que, lá no Camboja, trocamos poucos dólares pela moeda local, porque todos os estabelecimentos aceitavam o dólar), pegamos um Tuk Tuk e nos dirigimos pro hotel. A cidade, por óbvio, é muito grande e com um trânsito péssimo. Achei um pouco suja, cheia de poeira e não me senti segura pra nada lá (pra andar, pra dormir, pra comer).
O hotel não era o hotel que meus amigos ficaram (reservamos pela internet), mas ele, aparentemente, era bonitinho. Tinha internet na recepção, mas apenas um computador funcionava. Procuramos um restaurante pra comer, mas muitos deles não tinham “cara de lugar limpo”. Comemos, assim, todos os dias no mesmo lugar (café da manhã, almoço e jantar).
No primeiro dia, apenas jantamos e compramos produtos na farmácia (engraçado que eles aceitam o dólar, mas querem dar troco em moeda local!) e fomos dormir. Quando fui pra cama, percebi, no meu lençol, uma minhoca. Assustada, procurei o que havia embaixo da cama e percebi uma esteira de palha em baixo do colchão. Por dica de Telli, achei melhor não mexer pra não descobrir algo pior do que a minhoca...
No dia seguinte, procuramos uma “agência” de viagem (na verdade um guichê em frente ao rio) e a mulher, muito simpática e com bom inglês, nos vendeu um “pacote” que incluía um tuk tuk, pelo qual nos levaria a todos os principais pontos da cidade (sem as entradas, óbvios): Memorial Choeung Ek; Museu do Genocídio Tuol Sleng; Museu Nacional do Cambodja.
Chegamos de Tuk Tuk para visitar o Memorial Choeung EK, que ficava num antigo campo de extermínio, o mais conhecido dos “killing fields” do Camboja. Na hora, pensei porque alguém faria um “museu”, com um monumento lotado de cabeça de caveiras. O lugar é silencioso, com muitas valas, onde ainda havia pessoas enterradas. Da leitura dos textos, percebi que os Cambojanos não queriam “esquecer” ou apagar da história (e da cabeça) deles o período cruel de matança que aconteceu naquele país. Era como se precisassem deixar tudo em evidencia pra sempre, pra que eles nunca esquecessem que eles tiveram um período tenebroso na história.
Dali, triste e angustiada, partimos pro Museu do Genocídio. Lá, além da história, eles possuíam fotos de muitas pessoas que morreram no genocídio promovido pelo antigo governo breve, mas sangrento, de Pol Pot e dos Khmer Vermelho. Também havia camas e outros instrumentos usados na tortura.
Afff, não agüentava mais tanta tristeza... Partimos pra uma feira grande, compramos artesanatos (na verdade, meus copinhos que coleciono), bolsinhas de moedas e um pão de ló muito grande que estava sendo vendido em todos os lugares daquela feira.
Da Feira, partimos pro Museu Nacional do Camboja e depois pro Palácio Real.
Nos países asiáticos, em geral, sempre se deve observar a roupa que se veste ao visitar os pontos turísticos. Nossos costumes são bem diferentes dos deles e, quase sempre, precisamos cobrir o colo, o pescoço, os braços... Telli, por exemplo, precisou comprar uma camisa lá no Palácio Real, por um preço que não valia, apenas porque estava com uma camisa regata! O calor é infernal e o que você mais quer é ficar com uma camisa regata.... Entramos no Palácio e tiramos fotos.
No dia seguinte, nos preparamos pra ir pra Siem Reap de ônibus. Nossa Senhora do Rosário... Eu nunca vi ou estive em uma viagem tão miserável! A mulher, a mesma que vendeu nosso “pacote” no dia anterior, disse que era muito comum os ônibus pra Siem Reap. Disse, também, que era um Ônibus grande, com banheiro e água, afinal seriam 6 horas de viagem!! Eu sempre tomo cuidado com esses ônibus de viagem, afinal sempre tenho vontade de fazer xixi, quando sei que não posso fazer! E por isso, quis saber onde e como era o banheiro. Me arrependi!!! Era um buraco, na parte de baixo do ônibus, e, cujo fedor, chegava na parte superior sem qualquer problema.
Depois de 2hs de viagem, fizemos uma parada num “restaurante” pra comer, beber e usarmos o banheiro. Telli, com sua bexiga de ouro, ficou no ônibus. Mas eu tive que descer e perguntar pela água e pelo banheiro. Perguntei ao motorista pela água “grátis” e ele disse que não tinha... Fui no banheiro que, na verdade, era um buraco e, por sinal, fiquei com medo até de olhar pra saber o que tinha ali dentro! Essa foi minha passagem pela capital do Camboja. Se alguém gosta de viajar, por viajar, vá pra lá. Mas se tá com tempo curto, pule e vá direto pra Siem Reap! Lá tem aeroporto com vôos diretos pra Bangkok.
Me animei pra o Camboja! Em breve quem sabe... Esperando o post sobre o Peru viu? Beijocas! Nanda
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